Janelas fechadas

Sem vendas, Atlético e Cruzeiro veem mercados estrangeiros se distanciarem

Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
01/02/2018 às 23:02.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:06
 (Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

(Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

Os principais mercados da Europa, bem como alguns do Mundo Árabe, se fecharam para contratações internacionais a partir de ontem. Assim, clubes brasileiros que esperavam grandes arrecadações com a venda de jogadores tiveram as pretensões limitadas. Atlético e Cruzeiro, por exemplo, não fizeram nenhuma negociação para o exterior.

A Raposa, ao contrário do Galo, recusou investidas estrangeiras em alguns atletas, mesmo tendo de arcar com problemas financeiros no Tribunal Arbitral do Esporte, na Fifa.

Thiago Neves, Lucas Romero, Arrascaeta e Murilo foram os alvos das propostas, todas recusadas pela nova diretoria. Se liberasse os jogadores, o clube veria mais de R$ 60 milhões entrando nos cofres.

A equipe celeste seguiu o caminho oposto e se reforçou com mais de R$ 20 milhões em contratações, tendo feito o maior investimento desta pré-temporada em uma transferência doméstica – o atacante David saiu do Vitória por R$ 10 milhões, mesmo valor pago pelo São Paulo para tirar Diego Souza do Sport.

O Atlético, por outro lado, corre atrás da multa de R$ 10 milhões cobrada do atacante Fred após a ida dele para o rival – única receita proveniente da “saída” de um jogador no período.

Isso sem contar a parte que lhe cabe da venda de Lucas Pratto do São Paulo para o River Plate-ARG (R$ 11,5 milhões), e a economia em salários com as despedidas de Robinho e Rafael Moura. 

A maior esperança do Galo estava depositada no zagueiro Gabriel, que chegou a ser observado pelo Porto, mas não recebeu nenhuma oferta formal.

O Alvinegro também possui pendências financeiras na Fifa, além de débitos com terceiros, e busca recursos para arcar com as despesas. Em tempos de austeridade trazida pela troca de comando, o clube prevê arrecadar R$ 50 milhões em venda de atletas na temporada 2018.
 
CHINA EM BAIXA
Quem mais investia nesta época do ano era o futebol chinês. O “Eldorado”, entretanto, perdeu fôlego. A janela por lá está aberta até o fim de fevereiro, mas novas regras impedem os clubes de “fazerem a limpa” no mercado. No passado recente, eles levaram Diego Tardelli, Ricardo Goulart, Ramires, Renato Augusto, Paulinho, Hulk, Oscar e Pato, entre outros. Para contratar estrangeiros, porém, os chineses precisam agora pagar uma taxa de 100% sobre o valor da transferência à federação.

Apetite controlado, mas não saciado. O Hebei Fortune levou Javier Mascherano por € 5,5 milhões (veja as maiores transferências nos quadros abaixo).

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