Hora de emplacar

Mano Menezes terá de se reinventar mais uma vez no comando cruzeirense

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
31/07/2018 às 08:21.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:40
 (VINNICIUS SILVA/CRUZEIRO E.C)

(VINNICIUS SILVA/CRUZEIRO E.C)

Manhã de 6 de setembro de 2015. Pela 23ª rodada da Série A, o Cruzeiro, que tinha levantado o caneco em 2013 e 2014, não luta pelo tri. Muito pelo contrário. Recebe o Figueirense, no Mineirão, ocupando a 15ª posição a apenas dois pontos da zona de rebaixamento.

Os 5 a 1, com show de Willian, que balança por quatro vezes a rede de Alex Muralha, então goleiro do time catarinense, marcam a estreia de Mano Menezes na Raposa. Tinha início uma história que parecia de amor, mas que com o passar do tempo ganhou também o “ódio” como ingrediente.

Desde aquela manhã, o Cruzeiro já entrou em campo 199 vezes. Em 161 delas com Mano Menezes no comando. E o treinador vive numa verdadeira gangorra na relação com a torcida cruzeirense.

Em baixa neste momento, o comandante tem o desafio de mudar novamente de posição em agosto, quando o Cruzeiro decide o futuro num ano em que gastou demais, mas ainda não convenceu.

E os desafios começam amanhã, quando a Raposa encara o Santos, às 19h30, na Vila Belmiro, no jogo de ida pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Há ainda as oitavas da Libertadores, quando o Flamengo será o adversário. No último domingo, após a derrota de 2 a 0 para o São Paulo, no Mineirão, pelo Brasileiro, o presidente Wagner Pires de Sá afirmou que as Copas serão as prioridades do Cruzeiro a partir de agora.

Isso joga ainda mais pressão na gangorra de Mano, que não consegue fazer o Cruzeiro ser forte defensivamente, como na conquista da Copa do Brasil do ano passado, muito menos eficiente no ataque, como era o time de 2015.
 
TRAJETÓRIA
O belo trabalho de 2015, quando mais que salvar o Cruzeiro do rebaixamento quase o levou à Libertadores, transformou Mano Menezes numa unanimidade cruzeirense. E sua ida para a China por uma proposta milionária provocou depressão, até porque Deivid e Paulo Bento não vingaram.

O retorno foi rápido e com enredo parecido, pois quando o Cruzeiro beirava a zona da degola na Série A, Mano voltou à Toca II substituindo Paulo Bento, ainda na reta final do turno.

Esta segunda passagem, que segue até hoje e torna Mano Menezes o treinador mais longevo do Brasileirão, é instável. Chamado de maestro pelo presidente e com a renovação como prioridade quando a nova diretoria assumiu o clube, no final do ano passado, o treinador tem dificuldade para fazer seu time jogar por música.

Situação parecida foi vivida no ano passado, pois antes da conquista da Copa do Brasil aconteceram a perda do Estadual e a eliminação na Sul-Americana. Resta saber se Mano terá em 2018 condições de afinar a orquestra.

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por