Conhecida pelos deliciosos chocolates produzidos no país e, mais recentemente, pela geração de jogadores espalhados pelos principais times do mundo, a Bélgica chega à Copa dividida entre o doce momento da seleção e o amargo temor de que a reunião de talentos seja insuficiente para colocá-la entre os grandes do futebol.
No papel, os Diabos Vermelhos têm um dos elencos mais qualificados, com nomes expressivos em todos os setores, especialmente no ataque. A previsão, inclusive, é de grandes “chocolates” sobre Panamá e Tunísia na primeira fase.
Protagonista do então inexperiente plantel em 2014, o ponta Hazard (Chelsea) agora divide os holofotes em igualdade com o meia De Bruyne (Manchester City). O armador vem de temporada espetacular como maestro do time que pulverizou recordes na Premier League. E foi eleito ainda para a seleção da Liga dos Campeões.
Na criação, ele deverá jogar ao lado do valorizado Carrasco (tirado do Atlético de Madrid pelo futebol chinês por € 30 milhões). À frente deles, estarão Hazard, Mertens e Lukaku, todos artilheiros de seus respectivos clubes (Chelsea, Napoli e Manchester United) nesta temporada.
Por outro lado, seguem vivas na memória as quedas nas quartas de final da Euro-2016 diante do modesto País de Gales e a derrota para a Argentina nesta mesma fase na Copa de 2014. Com uma safra mais madura (média de 27,6 anos), esta pode ser a oportunidade ideal para a “geração belga” mostrar serviço.
Já o Panamá desconhece qualquer pressão. Só para se ter uma ideia, a classificação inédita para o Mundial virou até feriado no país.
Para sonhar com algo além da participação, os Canaleros apostam na experiência do rodado atacante Blas Pérez, 37, com passagens por Nacional-URU, Deportivo Cali-COL e Tigres-MÉX.