As perspectivas de Rússia e Egito na Copa do Mundo passam por figuras com papéis antagônicos. Apoiadas nas mãos de Akinfeev e nos pés de Salah, as seleções devem lutar por uma das vaga nas oitavas de final.
A dona da casa tem a missão de fugir da marca negativa da África do Sul, única anfitriã da história a cair na primeira fase (2010), e do próprio retrospecto, já que foi eliminada precocemente nas três participações desde a dissolução da União Soviética (1994, 2002 e 2014).
E os resultados mostram que a equipe de Stanislav Cherchesov terá dificuldades, pois venceu apenas seis dos 19 jogos preparatórios.
Além do herdeiro de Yashin e Dasaev, o elenco russo tem o defensor naturalizado Mário Fernandes, que chegou a recusar duas convocações para a Seleção Brasileira, e o centroavante Smolov, vice-artilheiro do campeonato nacional com 14 gols pelo Krasnodar.
Já os Faraós apostam em um finalista de Liga dos Campeões no auge da carreira. Ninguém balançou tanto as redes no atual formato da Premier League (desde 1995) quanto o egípcio, com 32 gols pelo Liverpool, adversário do Real Madrid na decisão continental.
Destaque absoluto do time inglês, Salah foi também o protagonista do país nas Eliminatórias Africanas, com cinco gols em cinco partidas, incluindo o que selou a classificação ao Mundial, nos acréscimos, diante do Congo.
A barreira encontrada pelos africanos é justamente encontrar quem divida a responsabilidade com a principal estrela.
Para tanto, apostam na experiência do goleiro Essam El-Hadary, 45, que ao entrar em campo se tornará o jogador mais velho a participar de uma Copa. O recorde (43 anos e três dias) foi estabelecido pelo colombiano Faryd Mondragón em 2014.
O time do técnico argentino Héctor Cúper volta ao Mundial depois de 28 anos e duas aparições anteriores, sem jamais ter ido até o mata-mata