Fábio tenta manter vivo sonho de levantar uma Copa

Jogador que mais atuou com a camisa celeste, goleiro nunca venceu um torneio mata-mata como titular e espera passar hoje pelo Grêmio para buscar a conquista

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
22/08/2017 às 22:08.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:13
 (Washington Alves/Cruzeiro)

(Washington Alves/Cruzeiro)

A galeria de troféus do Cruzeiro foi construída por copas. Da Taça Brasil de 1966 ao tetra da Copa do Brasil em 2003, o clube acumulou bicampeonatos da Libertadores, da Supercopa, da Sul-Minas. Mas falta um personagem nessa história: o goleiro Fábio, jogador que por mais vezes vestiu a camisa do clube (730 vezes), mas que nunca ergueu, como protagonista, uma taça conquistada num grande torneio de mata-mata. No tri da Copa do Brasil de 2000 era o terceiro reserva e só ficou no banco na decisão pela contusão de outros jogadores, mas sem jogar um minuto sequer.

A chance mais próxima de Fábio é a Copa do Brasil de 2017. Hoje o Cruzeiro decide uma vaga na decisão recebendo o Grêmio, às 21h45, no Mineirão, no confronto de volta.

E assim como é importante para o time de Mano Menezes marcar gols, pois perdeu a ida semana passada, em Porto Alegre, por 1 a 0, é fundamental também não sofrê-los, pois o gol fora de casa é critério de desempate.

Há ainda a chance de a vaga ser decidida nos pênaltis, caso o Cruzeiro devolve o placar da semana passada. Neste caso, estará mais do que nunca nas mãos de Fábio a classificação celeste à decisão da Copa do Brasil de 2017.

Dono de uma nova marca a cada vez que veste a camisa cruzeirense, pois é o recordista de jogos pelo clube, Fábio já defendeu a Raposa em 730 jogos, recorde que dificilmente será batido.

Só isso já bastava para ele ter seu nome na história celeste, mas há mais, muito mais. Foi o capitão do time bicampeão brasileiro em 2013 e 2014, feito que, fora do eixo Rio-São Paulo, só o Internacional, de Falcão e Figueroa alcançou, nos anos 70 (1975 e 1976).

TOP 5
De toda forma, vencer pelo menos uma copa é marca de quatro dos cinco integrantes do Top 5 dos maiores goleiros da história cruzeirense na Era Mineirão.
Raul venceu a Taça Brasil (1966) e a Copa Libertadores (1976). Paulo César Borges ficou marcado pelo bida Supercopa (1991 e 1992) e pela primeira Copa do Brasil (1993).

Dida foi o paradão nos bicampeonatos da Copa do Brasil (1996) e da Libertadores (1997). Gomes tem na trajetória da Tríplice Coroa o tetra da Copa do Brasil (2003).

Em copas, Fábio bateu na trave duas vezes, em finais que foram muito sofridas para ele principalmente para os torcedores cruzeirenses.

Em 2009, foi vice da Copa Libertadores perdendo a final para o Estudiantes, da Argentina, dentro do Mineirão.

Cinco anos depois, na decisão mineira da Copa do Brasil de 2014, viu o Cruzeiro, que estava envolvido ainda na reta final do Brasileirão, que foi conquistado, não ter forças para superar o maior rival.
 
FOCO
Antes do último treino do Cruzeiro, ontem à tarde, na Toca da Raposa II, Fábio participou da entrevista coletiva e destacou justamente o fato de o time precisar estar ligado no fato de o gol fora de casa valer como critério de desempate.

Sem dúvida, a classificação cruzeirense à decisão da Copa do Brasil passa pelos pés de Alisson, Thiago Neves, Robinho, Rafael Sóbis, mas também pelas mãos de Fábio.

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