Desafio brasileiro

Seleção põe em jogo contra a Costa Rica invencibilidade diante de ‘coadjuvantes’

Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
22/06/2018 às 07:07.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:54

SÓCHI (Rússia) – A atual campeã do mundo, Alemanha, estreou perdendo de 1 a 0 para o México. No Grupo H, Japão e Senegal impuseram derrotas às favoritas Colômbia e Polônia, respectivamente. Ontem, a Dinamarca parou na Austrália. E a Argentina foi derrubada pela Croácia. Encarar as seleções dos países que integram as confederações que nunca decidiram a Copa do Mundo, algo restrito a sul-americanos e europeus, tem sido cada vez mais difícil. Menos para o Brasil. E o desafio do time de Tite diante da Costa Rica, hoje, às 9h, em São Petersburgo, é manter o excelente retrospecto brasileiro diante dos “coadjuvantes”, até porque, vencer é fundamental para a sobrevivência da equipe no Grupo E.

A geografia da Fifa divide o continente americano em duas partes. A América do Sul forma a Conmebol e a América do Norte, Central e Caribe, a Concacaf. Além disso, apesar de estar na Oceania, por questões técnicas, a Austrália participa das competições pela Ásia.

Nas 20 edições de Copa já disputadas, apenas sul-americanos e europeus já chegaram à final. Seleções da África, Ásia, Oceania e América do Norte, Central e Caribe alcançaram, no máximo, as semifinais.

O confronto de hoje, contra a Costa Rica, será o 20º da Seleção Brasileira contra os “coadjuvantes” em Copas do Mundo. Nos 19 jogos anteriores, foram 18 vitórias e um empate, por 0 a 0, com o México. A Costa Rica já foi adversária do Brasil em duas oportunidades na Copa do Mundo. E a Seleção venceu ambas.

Dos 19 confrontos do Brasil contra “coadjuvantes” em Copas, 17 foram pela fase de grupos. Os outros dois foram pelas oitavas de final e ambos são históricos.
 
HISTÓRIA
Em 4 de julho de 1994, com um jogador a menos em campo, pois Leonardo foi expulso aos 41 minutos da primeira etapa, por dar uma cotovelada em Tab Ramos, o Brasil fez 1 a 0 nos Estados Unidos no dia em que eles comemoravam a sua Independência.

O jogo ficou marcado pela declaração de Bebeto, autor do gol, a Romário, que lhe fez a assistência, dizendo: “Eu te amo”.

Doze anos depois, na Alemanha, o Brasil encarou Gana nas oitavas de final. E o gol de Ronaldo logo aos cinco minutos de jogo fez do Fenômeno o maior artilheiro geral da história das Copas.

Curiosamente, em 2014 o feitiço virou contra o feiticeiro, pois Ronaldo perdeu em casa, assim como Müller, a condição de maior goleador geral dos Mundiais, e para um alemão, Klose, que com seu gol nos 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil chegou a 16.

Único país a participar de todos os Mundiais, o Brasil vai encarar hoje um “coadjuvante” pela 14ª vez na Copa. Essa história começa com o jogo de abertura de 1950, quando a Seleção fez 4 a 0 no México no Maracanã. 

Desde 1982, o Brasil sempre encara pelo menos um “coadjuvante” em Copa, sendo que o confronto contra a Costa Rica significará o décimo Mundial seguido com esse tipo de jogo.

O recorde foi registrado em 2006, na Alemanha, onde o Brasil teve Austrália e Japão como adversários. O último confronto com um “coadjuvante” foi em 2014, quando o Brasil venceu Camarões por 4 a 1.

O time de Tite já tem uma marca negativa neste Mundial pois o Brasil não empatava em estreias há 40 anos, e com certeza não quer somar mais uma, até porque, derrota para a Costa Rica é sinônimo de eliminação para a Seleção Brasileira.

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