De volta para o presente

Rivalidade acirrada na final ameaça clássicos com torcida dividida no Brasileirão

Frederico Ribeiro - Guilherme Guimarães
Hoje em Dia - Belo Horizonte
09/04/2018 às 19:29.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:15
 (Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

(Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

O clássico que definiu a taça de campeão mineiro de 2018 sob posse do Cruzeiro teve episódios extracampo com efeitos colaterais que colocam em risco a volta dos duelos com igualdade de torcidas no Mineirão, prometido pelos dois clubes para o Brasileirão.

Na premiação do Estadual promovida ontem pela TV Globo Minas, o presidente Sérgio Sette Câmara afirmou que o Galo ficou insatisfeito com o tratamento do rival e também dos administradores do Mineirão na derrota por 2 a 0 no último domingo. 

O Hoje em Dia entrou em contato com o clube para saber o teor das declarações do mandatário alvinegro. Sette Câmara se queixou pessoalmente com o colega de cargo, Wágner Pires de Sá, presidente do Cruzeiro, argumentando que o Atlético havia recepcionado a Raposa de forma amigável no jogo da ida do Independência e que não houve reciprocidade.

Dois exemplos foram destacados pelo presidente atleticano. O primeiro e que mais chamou atenção foi a agressão sofrida pelo meia-atacante Luan, empurrado por uma pessoa ainda não identificada ao descer o túnel de acesso entre o campo e os vestiários do Mineirão. 

O segundo foi o fato de o Cruzeiro ter enviado um número de credenciais abaixo da demanda solicitada para o staff do Atlético trabalhar no jogo. O clube alvinegro diz ter pedido 35 crachás e recebido apenas 18.

Esta junção de fatores deixou o presidente do Atlético irritado com a recepção cruzeirense e disposto a cancelar o acordo feito com Wágner Pires de Sá, segundo o qual os dois clássicos pela Série A de 2018 seriam com torcida “meio a meio” e no Gigante da Pampulha.

RAPOSA RESPONDE
A reportagem do Hoje em Dia também entrou em contato com o presidente do Cruzeiro, Wágner Pires de Sá, que deu outra versão para a questão das credenciais.

Segundo ele, o Atlético solicitou 200 liberações de trabalho para seus profissionais, e esse número estaria fora do alcance do próprio Cruzeiro, que teria direito de 50 a 60 acessos. O clube afirma ainda que o total de credenciais é responsabilidade do Mineirão.

Sobre a agressão a Luan, Wágner Pires de Sá afirmou não ter visto as imagens gravadas pelo site “Globoesporte.com”, mas confirmou ter recebido a notificação do caso por meio de Sette Câmara. O mandatário celeste disse ter ouvido uma versão diferente, de que o jogador jogara um objeto contra um torcedor, algo que não se vê nas gravação.

Sobre os clássicos com torcida dividida, Wágner reconheceu que o cenário retrocedeu. Porém, argumentou que esta proposta ideia já fugia apenas da vontade dos dois clubes rivais, por questões burocráticas (camarotes, sócios-torcedores e administração do estádio). Por fim, ele disse ter um bom diálogo com Sette Câmara e que ainda discutirá a viabilidade de manter o combinado anterior.

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