Cadê você, Jesus?

Após 40 anos, um centroavante da Seleção passa a fase de grupos sem marcar gol

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
29/06/2018 às 07:23.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:04
 (Pedro Martins/MoWA Press)

(Pedro Martins/MoWA Press)

Ainda artilheiro da Era Tite ao lado de Neymar, com dez gols, Gabriel Jesus termina a fase de grupos do Mundial da Rússia alcançando uma marca que nenhum camisa 9 gosta. Desde 1974, o Brasil não passava a etapa preliminar da Copa sem que os centroavantes balançassem a rede.

Na Alemanha, há 44 anos, o técnico Zagallo usou três jogadores diferentes nas três partidas da fase de grupos na função, mas nenhum conseguiu marcar. Jairzinho, que foi escalado na estreia, fez um gol nos 3 a 0 sobre o Zaire na última rodada, mas neste jogo ele não foi o centroavante brasileiro, pois a posição foi ocupada por Leivinha.

A partir de 1978, pelo menos um gol o centroavante brasileiro marcou. E essa história começa com Reinaldo, fazendo no 1 a 1 com o a Suécia na estreia brasileira na Copa do Mundo da Argentina.

O melhor desempenho de um centroavante brasileiro na fase de grupos foi de Ronaldo, em 2002, quando ele marcou 4 gols, balançando a rede em todos os jogos do Brasil, feito que já tinha sido alcançado por Romário na campanha do tetra, em 1994.

Em 2006, um fato curioso. O centroavante do Brasil era Ronaldo, que fez dois gols. Mas Adriano, que formava ataque com ele, também sabia jogar centralizado e marcou uma vez, assim como o então garoto Fred, que era o reserva do Fenômeno.

Oito anos depois, Fred voltou à Copa do Mundo como centroavante titular da Seleção Brasileira. Foi muito contestado por passar em branco nos dois primeiros jogos, contra Croácia e México, mas quebrou o jejum nos 4 a 1 diante de Camarões, quando fez o seu único gol naquele torneio.

Agora, Gabriel Jesus interrompe uma sequência de 40 anos com pelo menos um gol do centroavante da Seleção na fase de grupos da Copa. Mas isso aconteceu até com grandes nomes do futebol brasileiro, como Vavá (1962) e Tostão (1970).

Aliás, ambos foram decisivos depois na conquista dos títulos daqueles anos, não só com gols na reta final, mas principalmente com grandes atuações. Essa é a expectativa sobre Gabriel Jesus.

Desde 1974, o Brasil não passava a etapa preliminar da Copa sem que os centroavantes balançassem a rede. Agora, Gabriel Jesus interrompe uma sequência de 40 anos com pelo menos um gol do centroavante da Seleção na fase de grupos da Copa
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