Coincidência ou não, os principais reforços dos três grandes clubes mineiros para 2017 foram jogadores com mais de 30 anos de idade. Agora, América, Atlético e Cruzeiro chegam a esta reta final de temporada apoiados justamente em atletas dessa faixa etária, na qual muitos já começam a ser dados como “velhos” para o futebol.
No Coelho, o centroavante Bill chegou no início da Série B para ser o “homem-gol” na luta pelo retorno à Primeira Divisão. E tem correspondido, sendo a peça mais fatal do ataque alviverde, com nove participações direitas (seis gols e três assistências), empatado com o parceiro Luan.
O Galo, por sua vez, depositou esperanças – e muito dinheiro – em Elias. Apesar do momento de baixa, o volante foi fundamental no título mineiro e na primeira fase da Libertadores. No “conjunto da obra”, ele é o segundo principal marcador do time (atrás de Marcos Rocha), com ao todo 133 jogadas destruídas. Além disso, é um dos artilheiros da equipe em 2017, com dez gols.
Outro bom reforço, apesar de menos badalado, foi Adilson. O volante chegou no fim de março e, desde então, deu mais equilíbrio ao meio de campo alvinegro. Ele aparece logo atrás do colega de setor no quesito marcação, com 91 desarmes e interceptações.
O jogador com mais moral na temporada, porém, é Fábio Santos. Contratado no ano passado, o lateral é a peça mais regular do Alvinegro e o recordista de jogos no ano, com 55 participações. Mais recentemente, inclusive, virou “vice-capitão” e cobrador oficial de pênaltis da equipe. Vale ressaltar ainda os bons momentos do artilheiro da equipe no ano, Fred, 34, e do atacante Robinho, 33.
VALEU TÍTULO
A Raposa, por fim, colheu os frutos do investimento no craque Thiago Neves. Destaque individual na campanha do título da Copa do Brasil, o armador já balançou as redes 14 vezes e serviu os companheiros em outras 12 oportunidades.
No setor defensivo, Fábio recuperou-se da lesão no joelho que o tirou de combate durante o primeiro semestre e retomou não apenas a titularidade, mas também o protagonismo. Herói nas últimas fases do mata-mata ao defender pênaltis de Luan (Grêmio) na semifinal e Diego (Flamengo) na grande decisão, o goleiro mantém as boas médias de 0,85 gol sofrido (29 em 34 partidas), além de quase uma defesa difícil por jogo (0,93). Por motivos como esses, o clube renovou o vínculo com o ídolo até o fim de 2019.
Outro importante veterano na Toca é Rafinha. Apesar de ter passado parte da temporada na reserva, o meia-atacante tem sido uma peça regular e já foi acionado 47 vezes.. (*) Com informações do site Footstats