Bola na rede

A história de quem fez o clássico ter mais graça no velho estádio Independência

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
03/03/2018 às 06:39.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:41
 (Arquivo/Hoje em Dia)

(Arquivo/Hoje em Dia)

Quando decretou, aos 33 minutos do segundo tempo, os 3 a 1 do Atlético sobre o Cruzeiro, em 2 de julho do ano passado, pela Série A, no último jogo entre os dois rivais no Independência, Fred fez o 100º gol do Galo sobre a Raposa no Horto. Neste domingo, a contusão na panturrilha direita impedirá que ele busque a façanha de ser o primeiro a marcar no clássico, no estádio, com as duas camisas. Confirmado, Ricardo Oliveira, artilheiro atleticano em 2018 com quatro gols, espera estrear no maior confronto mineiro aumentando a sua marca.

O gol sempre foi e será especial nos clássicos. E quando se trata de Atlético x Cruzeiro no Independência, essa história tem quase 70 anos e foi construída por grandes ídolos dos dois lados, mas que são pouco conhecidos por muitos torcedores do presente.

Dos 100 gols marcados pelo Atlético sobre o Cruzeiro no Horto, 77 saíram entre 1954, quando foi disputado o primeiro clássico no Independência, e 1965, quando o estádio deixou de ser a casa do confronto com a inauguração do Mineirão.

No Cruzeiro, são 55 dos 71 gols marcados na primeira fase do clássico no Horto.

A reforma do Independência o transformou na casa do Atlético, pois o clube é um dos exploradores comerciais da nova arena, reinaugurada em 2012.

E isso fez com que o clássico contra o Cruzeiro voltasse ao Horto, onde brilharam intensamente nos confrontos com o rival dois dos maiores ídolos alvinegros dos anos 1950.

O maior goleador do clássico no Independência, considerando-se os 72 jogos já disputados por Atlético e Cruzeiro no estádio, é o atacante Tomazinho, com 10 gols.

Ele é o 14º maior artilheiro atleticano, com 118 gols em 162 jogos, média de 0,72, e jogou no clube entre 1954 e 1960, quando foi defender o Cruzeiro, o que provocou uma grande polêmica em Belo Horizonte na época.

Ele tem apenas um gol a mais que Ubaldo Miranda, que marcou nos dois primeiros clássicos entre Atlético e Cruzeiro no Horto. Ambos terminaram com o placar de 1 a 0 para o Galo.

Além disso, Ubaldo é o segundo maior goleador do Atlético no clássico, empatado com Reinaldo, com 16 gols, cada. À frente deles, só Guará, com 26.

No Cruzeiro, Dirceu Pantera é o maior goleador no Horto. São cinco gols sobre o Atlético, a maioria na campanha do tricampeonato mineiro de 1959, 1960 e 1961.

Essa história iniciada em 25 de julho de 1954 terá seu 73º capítulo no domingo. E tudo o que as duas torcidas mais querem é viver de novo, no Horto, a emoção de um gol no clássico contra o maior rival.

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