Atlético na crise: em 15 dias, duas eliminações que 'custaram' R$ 4,5 mi

Clube deixará de receber premiações após saídas da Copa do Brasil e da Libertadores

Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
11/08/2017 às 09:42.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:02
 (BRUNO CANTINI/ATLÉTICO)

(BRUNO CANTINI/ATLÉTICO)

Não conseguir balançar as redes do Mineirão anteontem, diante do Jorge Wilstermann; e ver a vantagem do primeiro jogo das quartas de final da Copa do Brasil ser vaporizada num espaço de 15 dias doeu na alma atleticana. Duas eliminações em duas semanas que abalam também os cofres do Atlético.

Com a não ida para as quartas de final da Copa Libertadores e impossibilidade de enfrentar o Flamengo nas semifinais da Copa do Brasil, o Galo deixou de receber R$ 4,5 milhões de premiação por tais avanços que não aconteceram.

Deste montante, R$ 3 milhões escaparam das mãos alvinegras diante do Wilstermann, no 0 a 0 em Belo Horizonte após a derrota de 1 a 0 em Cochambamba. O outro R$ 1,5 milhão é a cota que a CBF pagaria ao Atlético se vencesse o Botafogo nas quartas da Copa do Brasil.

Há 15 dias, na estreia do técnico Rogério Micale, o Galo perdeu por 3 a 0 no Engenhão, quando havia vencido o Botafogo por 1 a 0 na ida, em Belo Horizonte. Agora, o Atlético tem apenas o Campeonato Brasileiro pela frente, e a esquecida Primeira Liga, onde enfrentará o Internacional no mata-mata.

Num momento de crise, Micale se diz esperançoso em reerguer o Atlético em 2017. Mesmo que some apenas uma vitória nos primeiros cinco jogos a frente do alvinegro mineiro, com três derrotas e um empate. “Eu estou aqui há 15 dias, eu acho que o clube tem virtudes, acho que passa por um momento emocional difícil, ruim, não é possível que vi outro jogo. Vi um domínio no 1º tempo, tentativa no 2º tempo. Como treinador, tenho que ter frieza para avaliar. Estou no barco, assumi, vim para cá acreditando que poderíamos fazer algo”, disse o técnico.

EM BRANCO
O empate contra o Jorge Wilstermann na noite desta quarta-feira (9) foi o terceiro jogo seguido do Galo sem fazer gols. A última vez que o time alvinegro engrenou uma trinca de seca de gols foi há mais de quatro anos. Coincidentemente, o terceiro jogo sem marcar foi quando o Galo deu adeus à Libertadores de 2014, em abril/maio daquele ano.

No jogo de ida contra o Atlético Nacional de Medellín, na Colômbia, o Atlético de Paulo Autuori perdeu por 1 a 0, tendo viajado com dois empates de 0 a 0 seguidos (Cruzeiro, na final do Estadual perdida, e Corinthians na estreia do Brasileirão).

Autuori caiu após a derrota para o time colombiano. Levir Culpi assumiu e não conseguiu a classificação, após o Galo empatar em 1 a 1 no Independência no jogo de volta. Antes do Wilstermann, o Atlético passou em branco contra Corinthians e Grêmio, duas derrotas de 2 a 0 no Brasileiro.

“O ataque não vem fazendo gol, está falhando, eu sempre trouxe reforço. Se eu tiver que levantar alguns pontos é que o Atlético tem que voltar à característica dele, foi essa característica de ir pra frente que fez o time levantar taça”, disse o presidente Daniel Nepomuceno, após eliminação.

“Não tem como essa equipe ficar fora do G6. Até porque acabaram as desculpas de que não há prazo. Temos agora que aproveitar esse calendário que agora só vai ter jogos do Brasileirão. Com tudo que aconteceu de errado, temos futebol para ficar no G6” Daniel NepomucenoPresidente do Atlético
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