(Whashington Alves/Bruno CAntini/divulgação)
Criticada por ter deixado a já desvalorizada Primeira Liga no esquecimento, a parada de quatro meses entre a fase de grupos e o mata-mata do torneio foi positiva para os atacantes Arrascaeta e Clayton.
Coincidentemente, ambos voltaram às escalações titulares de Cruzeiro e Atlético após períodos semelhantes. E acabaram sendo importantes, com um gol cada, nos duelos classificatórios de quarta-feira contra Grêmio e Internacional, respectivamente.
Agora, à medida que a competição amistosa vai ganhando importância, os dois jogadores esperam confirmar os papeis decisivos.
Além do título, eles passam a disputar também a artilharia da Liga. Com até mais duas partidas a serem disputadas, sete atletas aparecem empatados no quesito, com dois gols marcados. Destes, cinco seguem na briga. Além de Arrascaeta e Clayton, concorrem ao prêmio individual o meia Renatinho (Paraná) e os atacantes Carlos Henrique e Paulo Rangel (Londrina).
A disputa continua neste fim de semana. O Atlético recebe o Paraná neste sábado, às 19h, no Independência. Já o Cruzeiro visita o Londrina, no Estádio do Café, às 11h de domingo (o horário do jogo foi alterado em acordo entre as duas diretorias).
TÍTULO INÉDITO
Além da disputa pela artilharia, a busca pelo primeiro troféu nos clubes mineiros é outra motivação em comum para os atacantes. Arrascaeta chegou à Raposa no início de 2015. Nas duas primeiras temporadas, o clube celeste não chegou sequer à final do Campeonato Mineiro. E, no Brasileiro, limitou-se à luta contra o rebaixamento.
Neste ano, a situação é bem diferente. Depois de “bater na trave” no Estadual, a Raposa está a dois passos do pentacampeonato na Copa do Brasil.
A final contra o Flamengo, obviamente, é a prioridade absoluta no clube. A Primeira Liga, porém, pode virar um “plano B” em caso de derrota, pois será decidida após o desfecho da competição nacional, no dia 8 de outubro.
A participação de Arrascaeta na semifinal da Liga ainda é incerta. Ele estava ausente do time titular desde o fim de maio, devido a duas lesões, mas ficou em campo durante os 90 minutos contra o Grêmio.
NOVA CHANCE
Clayton, por sua vez, desembarcou na Cidade do Galo no início de 2016. Depois de uma temporada irregular, viu bem de perto a taça na final da Copa do Brasil, contra o Grêmio, mas amargou o vice-campeonato.
Em baixa no elenco, acabou emprestado para o Corinthians em abril deste ano. E assistiu pela televisão à conquista atleticana no Campeonato Mineiro deste ano.
O último jogo como titular havia sido justamente na Primeira Liga, no empate em 2 a 2 com a Chapecoense. De volta ao time, Clayton é uma das apostas do Galo para “salvar” o segundo semestre com o troféu de menor expressão.