Ameaçado, Luan pede tranquilidade

Meia-atacante foi alvo de torcedores na saída do estádio Engenhão, e diz que só os jogadores podem superar crise

Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
27/07/2017 às 22:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:47
 (Vítor Silva/SSPress/Botafogo)

(Vítor Silva/SSPress/Botafogo)

O meia-atacante Luan é um dos jogadores mais queridos e saudados pela torcida do Atlético. Muito pela característica de seu jogo, mas também pelo momento delicado que vive na carreira, com o joelho sendo um eterno problema. Entretanto, ao fim dos 3 a 0 para o Botafogo na noite de quarta (26), com eliminação na Copa do Brasil, ele foi indagado sobre o efeito de duas ameaças da torcida.

Primeiro, ao dar entrevista na zona mista do Estádio Nilton Santos, um torcedor do Atlético passou acompanhado de policiais e gritou ao camisa 27: ‘”vamos jogar bola, seu arrombado”. Além disso, a imprensa presente no palco da partida entre Galo e Bota também escutou outros torcedores mineiros gritarem: “vamos invadir o CT”. 

Luan tentou se mostrar tranquilo diante deste cenário de crise e pressão que o Atlético vive, algo incomum para ele, que chegou em 2013 ao clube. Mas disse sem meias-palavras que atitudes de violência, de “agressividade” contra ele ou sua família o fariam pedir a saída do clube.

“Eu estou ‘de boa’, ‘de boa’. Estou aqui só para servir o Clube Atlético Mineiro. A partir do momento que alguém da minha família ou eu sentirmos agressividade, eu peço para ir embora. Estamos aqui para honrar as cores do clube, mas infelizmente o outro clube foi melhor hoje. Tentamos de todas as formas, estamos passando por um momento ruim, mas é voltar a vencer”.
 
LEVANTAR A CABEÇA
Luan foi titular do Atlético na partida diante do Botafogo, algo que aconteceu em raras ocasiões desde que operou o joelho em abril de 2016. Não conseguiu ajudar o Galo a se manter na Copa do Brasil e vive uma situação inédita no clube onde tem quase 200 jogos “prestados”. Inserido nesta situação conturbada, o meia-atacante analisou que é dever dos jogadores retirar o time alvinegro “da lama”.

“Sabia que uma hora viria essa pressão. Mas a culpa é de todo mundo. Só a gente vai poder sair dessa situação. Eu estou ‘de boa’, infelizmente não saímos com a classificação, tomamos gols logo cedo. A equipe do Botafogo tem qualidade e parabéns a eles pela classificação. É trabalhar e ver onde podemos melhorar rapidamente. É vencer, voltar a vencer no Brasileiro e reverter o placar na Libertadores”, disse. 

O lateral Marcos Rocha negou ontem que esteja negociando a transferência para o São Paulo. A contratação do jogador foi levantada pelo próprio presidente do clube paulista. No entanto, Rocha descartou ter recebido qualquer sondagem para deixar o Atlético neste momento de crise: “o Galo é o meu foco total”, disse
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