As três participações anteriores do Cruzeiro na Libertadores nesta década não são marcantes, pois o máximo que a Raposa alcançou foram as quartas de final. De toda forma, nesse momento em que o time de Mano Menezes corre o risco de sofrer a primeira eliminação da história do clube na fase de grupos, tudo o que a torcida espera é que o desempenho de 2011, 2014 e 2015 seja repetido.
Nas últimas três edições de Libertadores, o Cruzeiro pontuou mais no returno que no turno da fase de grupos e foi graças a isso que chegou às oitavas. Repetir essa história é fundamental para a classificação e ela pode ser alcançada com os nove, sete ou seis pontos conseguidos em 2011, 2014 e 2015, respectivamente, embora qualquer dessas pontuações exija contas, principalmente as duas últimas.
Os nove pontos de 2011 são o sonho dos cruzeirenses agora no returno de 2018, pois eles só não dariam a vaga ao time de Mano Menezes caso a Universidad de Chile, adversária de hoje, às 19h15, no Mineirão, vença seus dois jogos finais, contra o Racing, em Avellaneda, e o Vasco, em São Januário, e ainda o faça alcançando no final um saldo de gols maior que o da Raposa, ou mais gols marcados no geral e depois, segundo os critérios de desempate, fora de casa.
Se somar nove pontos nos três jogos que lhe restam, o Cruzeiro tem a chance até mesmo de ser o primeiro colocado, embora para isso tenha de contar com pelo menos mais um empate do Racing e, nesse caso, superá-lo no saldo de gols, o que não é fácil, pois a diferença hoje é de oito gols a favor dos argentinos.
Por isso, para terminar como primeiro do Grupo 5 alcançando 100% dos pontos no returno e garantir o direito de decidir as oitavas no Mineirão, o melhor para o Cruzeiro seria contar com uma derrota do Racing diante do Vasco, hoje, em São Januário, ou na quinta-feira da semana que vem, para a Universidad de Chile, em Avellaneda.
Com sete pontos no returno são grandes também as chances de o Cruzeiro garantir uma das duas vagas do Grupo 5 nas oitavas, mas neste caso há a dependência do resultado de terceiros.
Se esses sete pontos forem conquistados contando com uma vitória sobre a La U, o Cruzeiro passaria a depender de pelo menos um empate dos chilenos nas duas últimas rodadas. Isso deixaria os dois times com a mesma pontuação e a definição aconteceria nos critérios de desempate.
Mais seis pontos também podem ser suficientes para garantir a vaga cruzeirense, mas o time de Mano tem de vencer a Universidad de Chile e contar com a ajuda do Racing, que precisará vencer Vasco e La U nas duas próximas rodadas.
Mesmo assim, existe a possibilidade de empate com os chilenos em pontos.
As contas são muitas. Mas a obrigação cruzeirense é só uma: vencer a Universidad de Chile.