Dando continuidade à proposta de discutir temas, escolas e linguagens, o projeto 'Cinema Comentado', uma iniciativa da prefeitura de Montes Claros, através da secretaria municipal de cultura, começa em outubro a mostra "As várias faces do terror". A idéia é estar discutindo como o terror e o medo são trabalhados no cinema.
O filme de estréia acontece neste sábado, dia 1º de outubro, e é "O bebê de Rosimary", do diretor Roman Polanski.
O 'Cinema Comentado' acontece a partir das 18h na Sala Geraldo Freire, ao lado da Câmara Municipal, e é de graça.
Após a sessão, tem sempre um bate-papo coordenado pelo jornalista e professor de cinema Elpídio Rocha.
PROGRAMAÇÃO
E o universo do terror continua nos próximos sábados. A intenção é discutir e verificar o que pode (ou não) estar "escondido" nas entrelinhas dos filmes que provocam arrepios na platéia.
01/10 - O Bebê de Rosemary
08/10 - A Noite dos Mortos-Vivos
15/10 - O Massacre da Serra Elétrica
22/10 - O Iluminado
29/10 - A Bruxa de Blair
"O bebê de Rosimary" conta a história de um jovem casal que se muda para um prédio habitado por estranhas pessoas. Quando a esposa (Mia Farrow) engravida, passa a ter estranhas alucinações e vê seu marido se envolver com os vizinhos - uma seita de bruxas que deseja que ela dê à luz ao filho das trevas.
A vinda do anti-Cristo é, à primeira vista, o tema principal do filme - alguns críticos afirmam que a obra abriu caminho para os sucessos populares de "O Exorcista" e "A Profecia". Mas o diretor Roman Polanski não está interessado nem em discutir seriamente o satanismo nem em espantar o público com exibições circenses de vômitos e levitações.
O cineasta usa o medo do desconhecido como mola propulsora de uma análise devastadora da família norte-americana, de seus sonhos pequeno-burgueses, de suas aspirações tão conhecidas, domesticadas e inofensivas.
E o que torna "O bebê de Rosimary" um clássico? Um poderoso conjunto de fatores, em que é possível destacar o roteiro, que mantém o suspense sempre crescendo; as atuações primorosas do elenco; a direção precisa (que coloca a câmera sempre no lugar certo e consegue um ritmo fantástico para um filme que se passa quase todo dentro de um apartamento); e o humor permanente - que não causa risadas, e sim a sensação agradável de acompanhar uma história totalmente realista, mas que não leva a sério seu próprio argumento.