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Nascido em Belo Horizonte, o artista que é a irreverência em pessoa esteve em Montes Claros no fim de semana para acertar os detalhes do show que fará em outubro na cidade. O carisma de André Oliveira alcança todo o Brasil e suas obras são um marco na história da cultura brasileira.
“Sou autodidata. Nasci poeta e poetando vou pela vida afora”, diz.
Aos 61 anos, o músico segue criando composições que abrangem vários temas, como política, cultura e costumes.
Ao todo, já são 36 CDs gravados e dois DVDs, mais de 3000 músicas compostas. “Porém não me dou por satisfeito. Continuo compondo”, reitera.
A paixão pela escrita já rendeu cinco livros: Ode ao Rei dos transeuntes, Conselhos de graça, Evangelho de São João em Cordel, Atração Fatal e Ovnis e Fenômenos Correlatos. “Só sei que é do Alto”, diz o poeta, questionado sobre a fonte de inspiração. O artista trabalha em um novo CD de blues, batizado “Inusitatus Blues”.
Você, além de cantar, tocar, compor, exerce outra atividade?
Minhas atividades rodopiam nas canções, poemas e literaturas. Tudo que diz respeito à arte, exerce fascínio sobre mim.
Quais foram as influências musicais em sua carreira?
Do Clube da Esquina e outros da nossa MPB. Dentre eles Geraldo Azevedo, Chico Buarque, Gilberto Gil, Banda de Pau e Corda e Alceu. Não estou fechado. Se aparecer algo bom, posso me deixar influenciar, mas algo bom está raro nestes tempos dos descartáveis.
De onde vem tanta irreverência?
Dos meus ancestrais, só não consigo dizer quais...
Em outubro, você tem show marcado em Montes Claros. O que está preparando?
Uma alegria retornar à. Estou preparando um show eclético, em que a brasilidade estará presente em cada canção. A diversidade de ritmos brasileiros enriquece nossa cultura.
Em 30 anos de carreira com certeza já aconteceram muitas histórias. Qual é o episódio engraçado que te vem à cabeça?
Certa feita apresentando num lugar, uma mulher começou a rir descontroladamente até literalmente cair. Isso contaminou as outras pessoas. Foi difícil recomeçar o show.