Para celebrar a arte do Banzé

Grupo folclórico completa 50 anos e é homenageado na Câmara Municipal de MOC

Adriana Queiroz
Montes Claros
24/05/2018 às 05:46.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:14
 (SOLON QUEIROZ)

(SOLON QUEIROZ)

Ao alcançar meio século de existência, o Grupo Folclórico Banzé recebeu merecida homenagem da Câmara Municipal de Montes Claros. A trupe nasceu no Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez em 20 de maio de 1968. Foi fundado por Maria José Colares de Araújo Moreira, a Zezé Colares, folclorista, professora de história da música e de piano. Junto com os alunos e tendo o apoio da professora Marina Lorenzo Fernandez, Zezé Colares desenvolveu um trabalho de pesquisa e representação de manifestações populares para ilustrar as aulas teóricas que dava no conservatório. 

“A cerimônia na Câmara (na última segunda-feira) foi linda e emocionante. Fomos muito prestigiados por ex-integrantes do Grupo Banzé, pela comunidade artística, por importantes instituições da cidade e pelas autoridades políticas. Estamos acostumados a ser muito bem recebidos e aplaudidos fora daqui, mas o carinho e o reconhecimento dentro de casa não têm preço”, diz Gustavo Colares, diretor presidente do grupo. Confira nosso bate-papo:
 
Qual a importância da existência do grupo junto à comunidade local?
Durante 50 anos o Banzé coloca jovens em contato com a nossa cultura local, fortalecendo o vínculo destas pessoas com as nossas raízes e nos aproximando, cada vez mais, da nossa real identidade. O Banzé surgiu em uma época em que a cultura internacional era idolatrada, os Beatles estavam no auge e era o que os jovens escutavam. O trabalho do grupo fez com que a sociedade voltasse à atenção para a nossa música, dança, raízes e respeitasse, não só as manifestações de fundo religioso cristão, mas também a cultura de negros e índios. 
 
Como foram as apresentações no exterior?
O Banzé é sempre um enorme sucesso lá fora. Toda a simplicidade e carisma que levamos do povo norte-mineiro é extremamente admirado e querido pelos países onde já apresentamos. As pessoas ficam impressionadas com as nossas cores, ritmo e alegria em cima do palco. 

Como foram os primeiros tempos do grupo?
O Banzé tem quase o dobro da minha idade. Quando eu entrei, o grupo já tinha um nome muito respeitado. Nestes últimos anos eu tenho pesquisado muito sobre toda a história do Banzé e conversado bastante com pessoas que fizeram parte da fundação do grupo. O que tenho percebido é que, desde o início o Banzé chamou a atenção de muita gente. O trabalho sempre foi bem feito, os integrantes do grupo sempre foram muito talentosos, o que possibilitou a criação de espetáculos lindos de se assistir.  
 
Com relação a apoio cultural ao grupo, como andam as parcerias? 
Deixo um apelo para as empresas que estabeleceram em Montes Claros durante todos estes anos. Os fazedores de cultura da nossa cidade precisam do apoio. É a melhor forma de dar para a comunidade o retorno que ela merece. Há muitas vantagens para o estabelecimento e crescimento de grandes empresas aqui, uma delas é que somos um povo unido, bom de trabalho e queremos o desenvolvimento. Mas se não houver investimento no crescimento cultural da nossa sociedade, nunca seremos um povo totalmente desenvolvido e feliz. O Banzé precisa de apoio para realizar o Ano 50, precisa de apoio para retomar o Festival Internacional do Folclore que, além de tudo é de muita importância para a economia da nossa cidade, e para continuar produzindo cultura e fortalecendo a nossa identidade. 

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