Geraldo Azevedo: O menestrel de Petrolina

As canções de atmosferas densamente tristes e serenas que falam clara ou veladamente de amor e nos remete ao nordeste sertanejo, nem por isso seco e árido

Jornal O Norte
29/04/2014 às 12:11.
Atualizado em 15/11/2021 às 16:49

foto: Rafael Rocha

O cantor, compositor e músico Geraldo Azevedo
 



As canções de atmosferas densamente tristes e serenas que falam clara ou veladamente de amor e nos remete ao nordeste sertanejo, nem por isso seco e árido. É o mesmo nordeste alegre e inquieto das letras psicodélicas e de harmonias sofisticadas. Geraldo Azevedo em mais de 40 anos de carreira pode se gabar de ser um artista versátil.

Com 22 álbuns gravados desde sua estreia em disco ao lado de Alceu Valença no obscuro Quadrafônico de 1972 até o recente tributo Salve São Francisco em que Geraldo apresenta um repertório conceitual sobre o rio São Francisco. O poeta soube como poucos manter um trabalho diversificado e luminoso.

Virtuoso e autodidata violonista, Azevedo em suas apresentações acalma o publico com sua voz doce e serena cantando Você se lembra, como assanha os ânimos com arranjos roqueiros em Bicho de sete cabeças.

Nascido em Petrolina, no estado de Pernambuco, Geraldo teve seu primeiro violão confeccionado por seu pai e seus primeiros contatos com a música aos 10 anos de idade. Já na adolescência com profunda influência da bossa nova se inicia como compositor e radialista. A diversidade cultural do estado de Pernambuco e a musica folclórica fez com que Geraldo se afastasse um pouco do ritmo e ampliasse ainda mais seu leque musical.

Migrou para o Rio de Janeiro a convite de Eliana Pittman e ao lado de outros compositores formou uma espécie de Avant-gard nordestina, na qual poetas como: Alceu Valença, Fagner, Ednardo e Zé Ramalho revolucionaram a música brasileira com um som regional moderno e absolutamente pop.

Os sucessos são inúmeros entre eles: Dia Branco , Linda flor, Caravana, Taxi Lunar e muitos desses poderão ser conferidos pelo público de Montes Claros no dia 02 de maio, sexta-feira, na área externa da AABB onde Geraldo Azevedo se apresenta ao lado de sua maior intérprete, a cantora Elba Ramalho.

“O Homem nunca se banha nas águas de um mesmo rio” ,segundo o filosofo grego Heráclito, assim é o trabalho de Geraldo Azevedo, um eterno fluir de sons e poesia nas águas do rio São Francisco ou nos palcos onde sua arte se faz notar e aplaudir.

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