(Arte/HD)
Índios, negros e portugueses denominados caboclinhos, catopês e marujos, respectivamente, além da corte imperial, rezam para Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e o Divino Espírito Santo. Essa é a inspiração para a realização das Festas de Agosto em Montes Claros há 178 anos, (20 antes da emancipação), a partir de hoje até domingo.
A diretora do Museu Regional do Norte de Minas/Unimontes, Marina Ribeiro Queiroz, acompanha a festa há 50 anos, e ainda se diz emocionada com as apresentações. “Elas representam a formação do povo brasileiro. A religiosidade nas sagradas homenagens ao Divino Espírito Santo, a Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito emocionam porque permitem que todas as devoções sejam manifestadas. Creio ser de responsabilidade de todos que prezam pela riqueza das manifestações culturais zelar para preservação desta tão importante festa, participando, contribuindo, de alguma forma”, disse.
Marina lembra do trabalho de muitas pessoas para manter viva uma das maiores manifestações culturais do país e destaca a importância do envolvimento das crianças para que a tradição siga. “Muitas pessoas têm dado sua importante colaboração, mas quero destacar a figura do Padre João Batista Lopes que com seu entusiasmo conduziu durante décadas os cortejos animando a todos com seu Grito de Fé. Importante também levar as crianças nos diversos momentos para que elas possam ser conquistadas pelas famosas fitas, pela beleza singela que toma conta das ruas de Montes Claros”, ressalta.
SHOWS
Os cortejos começam a partir de amanhã. Haverá também encontros de congado, festival folclórico e lançamento de livros. (confira a programação abaixo).
Entre as atrações musicais estão Cláudio Mineiro, Mulheres de Pedras de Maria da Cruz, Cevisa Harmonia, Saldanha Rolim, Tambores de Cantaria, Folia de Reis de Alto Rio Pardo, Pereira da Viola, Grupo Fitas, Bob Silva, entre outros. Todos os shows ocorrem na praça da Matriz, a partir de 19h.