(Adriana Queiroz)
Quem se apresentou em Montes Claros, na última sexta-feira 23, foi a cantora pedra-azulense Dani Morais, na carreta da Brahma no aquecimento da Expomontes. Ela ficou conhecida em todo o Brasil quando participou, em 2009, do programa Ídolos pela rede Record, alcançando o 5º lugar na competição. Em 2012 a cantora fez parte da 1ª Edição do The Voice Brasil, programa exibido pela Rede Globo, chegando às semifinais.
Adriana Queiroz: Como é voltar às suas raízes nesta noite?
Fui a Pedra Azul tem pouco tempo. Fiz um show lá no dia 30 de dezembro e agora no dia 1 de junho, no aniversário da cidade. Voltar ao Norte de Minas é voltar para minha casa, principalmente Montes Claros onde tenho uma história linda. Foi onde cresci profissionalmente, amadureci, fiz faculdade de Música na Unimontes. É também um saudosismo, mas é também muito gostoso poder viver isso de novo, trazer meu show. Participei da Fenics, depois do programa “Ídolos” e depois disso eu não voltei mais.
Pedra Azul, vale do rio Jequitinhonha é celeiro de gente talentosa, de nomes como Saulo Laranjeira, Paulinho Pedra Azul, entre outros. Como foi beber dessa fonte?
Cresci ouvindo tudo isso. Pedra Azul por ser muito próxima da Bahia a gente tem uma interferência muito grande do Nordeste. Bebi dessas fontes bem próximas como você disse. E em Montes Claros, ouvi Godofredo Guedes, Beto Guedes, toda essa galera. Isso tudo contribuiu para a minha formação musical.
Os programas musicais de que você participou trouxeram uma versatilidade ao seu trabalho. Especificamente neste momento você tem se apresentado trazendo a “sofrência”, ritmo pra quem sofre de dor de cotovelo. Como foi isso?
O The Voice é que fez isso comigo. Me fez recapitular sobre o mercado musical, a tendência musical. A MPB será pra sempre um estilo que tenho muito afeição. Foi onde eu construí mesmo a minha musicalidade. Exatamente por ter nascido numa cidade que tem muita interferência do Nordeste. Cantei na minha adolescência muito axé, muito forró e tal. Sempre tive um pezinho nessa música muito popular. Depois do The Voice, com essa questão da visibilidade nacional e com esse aprendizado todo no programa, resolvi fazer um repertório mais popular e não mais voltado só para a MPB. E aí fui migrando aos poucos até chegar ao sertanejo que o estilo que me satisfaz hoje. Graças a Deus, o show tem agradado muito.
Tem CD novo da Dani?
No ano passado a gente gravou uma música com Eduardo Pepato, produtor da Maiara e Maraisa e Marilia Mendonça. Estourou essas meninas aí no mercado. A gente teve o prazer de gravar uma música com ele “Agora tô querendo” e agora em julho, lançaremos a música “Aonde que eu assino”, de um compositor do Fernando e Sorocaba, o Caco Nogueira. Nosso repertório é recheado de sertanejo, um sertanejo muito mais pra cima, tem sofrência também. Mas tem muito coisa do nordeste, Wesley Safadão, umas coisas que estão acontecendo agora e que no têm muito a ver comigo.
Deixe uma mensagem para quem está começando uma carreira como a sua.
Persistência e dedicação não podem faltar à pessoa que luta pelos seus sonhos. É muito difícil, a música não é fácil, o mercado é muito concorrido, principalmente nesse mercado sertanejo, tem muita gente talentosa, querendo um lugar ao sol. Dedicação é o que constrói o nosso trabalho mesmo. É preciso ralar, para que as coisas sejam bem feitas, para que você atraia mais admiradores. Facilita nossa chegada ao nosso objetivo. Não desistir. Fácil não é. Nada nessa vida é. Temos que ser melhor do que ontem. É isso.
Quem você está ouvindo?
(Risos). Ouço muita coisa. Nesse mercado sertanejo, todas essas mulheres, Maiara e Maraisa, Marilia Mendonça. Ouço Wesley Safadão, Marcio e Felipe, Henrique e Juliano. Sou fã de várias pessoas, Jorge e Mateus são sensacionais e não deixo de ouvir as coisas que sempre foram minhas referências Djavan, Gilberto Gil, Caetano. Isso não sai do som do carro não!