A voz da experiência

Jukita Queiroz - cantor e compositor

Adriana Queiroz
Montes Claros
13/07/2017 às 23:18.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:33
 (Divulgação)

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Músicos e instrumentistas do Norte de Minas subirão ao palco da AMAMS sábado, 22, para homenagear o músico e compositor Toninho Horta, um dos principais componentes do lendário “Clube da Esquina”. Um dos convidados especiais da noite é o montes-clarense Jukita Queiroz, que neste ano celebra 33 anos de carreira. 

 
São mais de três décadas de música, qual é o balanço que você faz de sua carreira?
Tenho como referência um cartaz de um show que participei junto com Jorge Carvalho (hoje Takahashi), num projeto da Secretaria Municipal de Cultura chamado Domingo Erudito, em maio de 1984 no Centro Cultural. Agradeço sempre a Deus em minhas orações pelo dom da música e pelo que ela tem me proporcionado. Se eu fizer um balanço desses anos de mãos dadas com essa arte, o saldo é tão positivo que posso dizer que sou um milionário. São muitos amigos ao longo da trajetória, aprendizado e momentos felizes. Toninho Horta e vocês, mostrando tudo o que sabem em termos de harmonia, de inventividade.  

Como estão os preparativos?
Primeiramente vem o prazer de participar desse evento, pelo músico que é o Toninho Horta, além de ser no momento do lançamento do songbook desse compositor que eu, como educador, julgo ser de extrema importância para os já músicos e para aqueles que pretendem se profissionalizar em música, pela riqueza harmônica e melódica da sua obra. Pretendo participar do show com Alan Azevedo, Marcelo Andrade e Claudio Mineiro, tocando uma música do Clube da Esquina. Quanto à música vamos deixar em aberto, pois estamos em processo de escolha da canção, é bom que fica a surpresa para as pessoas que forem assistir. 
 
Quais suas percepções sobre a MPB dentro e fora do país hoje?
Sou de uma geração em que se ouvia na mídia músicas de uma qualidade harmônica, melódica, rítmica e poética bem superior ao que deparamos hoje. Talvez pelo investimento maior das gravadoras nas produções de algumas décadas passadas, o que não se percebe na atualidade. Não sei se devido ao capitalismo selvagem, junto ao desejo de obter maior lucro desprezando a qualidade do produto ou se por questões econômicas provocadas pela pirataria. Vejo que na contemporaneidade para se ter acesso a uma música diferenciada da ofertada pela indústria fonográfica é preciso garimpar muito. Penso eu que a música brasileira é muito respeitada fora do eixo nacional, o que permite um mercado, mesmo que não seja vasto, devido à crise econômica internacional, principalmente para os músicos consagrados.

“É importante os músicos que, de fato, representam a classe, criem mecanismos para estarem juntos
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